ABSTRACT
O objetivo do presente trabalho é estimar o papel de alguns fatores de risco que ocorreram no período pré-natal em gestantes atendidas no Hospital Universitário de Taubaté e contribuíram para o nascimento de recém-nascidos pré-termo e o impacto, nesta prevalência, com o controle destas variáveis. Trata-se de um estudo transversal, de base hospitalar, com 589 puérperas entrevistadas; a variável dependente foi idade gestacional medida em dias, e as independentes foram tabagismo, ingestão regular de álcool nesta gravidez, ganho de peso, consultas pré-natal, hipertensão arterial, sangramento vaginal, infecção do trato urinário e anemia nesta gravidez. A significância estatística (a = 5 por cento) foi testada, utilizando-se as Técnica de Diferença de Prevalência, do Qui-Quadrado; o Risco Atribuível Populacional foi calculado em porcentagem. Foram encontrados 70 recém-nascidos pré-termo (11,8 por cento); as variáveis que apresentaram significância estatística para o nascimento pré-termo foram ganho de peso até 12 kg, hipertensão arterial, sangramento vaginal, infecção urinária e consultas no pré-natal atée 5. As variáveis ganho de peso e consultas no pré-natal podem ser consideradas mais como efeitos da gestação de menor duração do que um causa desta, sendo variáveis de difícil controle. A intervenção e o controle durante o pré-natal das demais variáveis poderão diminuir em até 50 por cento a ocorrência de recém-nascidos pré-termo.